Valinhos instala Primeiro Ecoponto e define novo endereço da Recoopera
quinta-feira, 12 de setembro de 2013A Prefeitura de Valinhos finaliza as obras de reforma e adaptação de um imóvel no Jardim Valença para a instalação do 1º Ecoponto da história do município. A conquista atende a Lei Federal 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos Urbanos.
O local abrigará também a cooperativa Recoopera, formada por mais de 30 integrantes, que desde maio estão sem endereço de trabalho devido a um incêndio que destruiu totalmente o antigo galpão e maquinários da unidade que estava localizada às margens da Rodovia dos Agricultores.
O novo imóvel alugado pela Prefeitura para sediar o Ecoponto e a Recoopera está localizado na Rua Vitório Capelatto, 87, bairro Jardim Valença. Possui área de 2.800 m2 e um galpão com mais de mil m2, onde será instalada a cooperativa. Desde a formação da Recoopera, em 2000, esta é a primeira vez que a Prefeitura oferece estrutura aos cooperados.
Atualmente, as secretarias de Planejamento e Meio Ambiente e de Obras e Serviços Públicos elaboram o projeto para a construção dos compartimentos destinadas ao recolhimento dos materiais. O Ecoponto terá espaços reservados para o recebimento do chamado “lixo eletrônico” (rádios, TVs, computadores, eletrodomésticos e outros), de pilhas e baterias, de lâmpadas fluorescentes, de óleo de cozinha e de materiais recicláveis.
“O Ecoponto será um grande ganho para a população, que passará a ter um local adequado para o descarte desses materiais, o que contribuirá, de forma decisiva, na construção da cidade sustentável que todos almejamos”, destacou o prefeito Clayton Machado. “É obrigação do poder público dar a destinação adequada aos resíduos sólidos, e, assim, zelar pelo meio ambiente e pela qualidade de vida dos moradores”, acrescentou.
Recoopera – Com a implantação do Ecoponto, a Prefeitura cumpre mais uma etapa na Lei Federal 12.305/2010, que limita em 2014 o prazo para que as cidades brasileiras se enquadrem na Política Nacional de Resíduos Sólidos Urbanos. Além disso, possibilita aos 34 cooperados da Recoopera voltarem a atuar no município de forma independente. Atualmente a cooperativa é presidida por Janine Azevedo.
Em maio, o galpão da cooperativa, localizado na Rodovia dos Agricultores, na região do bairro Capuava, ficou completamente destruído após incêndio. Por conta desta situação, os cooperados foram deslocados para trabalhar em cooperativas em outra cidade. Nesse período, a Prefeitura contribui com o fornecimento de cesta básica e passe para o transporte de ônibus.
A MWV Rigesa continuará parceira da cooperativa, contribuindo financeiramente, fornecendo Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e apoiando a criação e treinamento de uma brigada de incêndio entre os cooperados.
História da Recoopera – Segundo Janete Manali, que presidiu a Recoopera por nove anos, a cooperativa surgiu a partir da necessidade do catador de material reciclável José Carlos Barbosa, membro da comunidade de São Sebastião. Esta era a sua única fonte de renda na época. Ele armazena os materiais em sua residência sem nenhum cuidado básico. Houve denúncia ao órgão competente e ele procurou ajuda do pároco da época, padre João Luiz Fávero.
Com a comunidade sensibilizada, surgiu a ideia de criação de uma cooperativa que poderia amparar e beneficiar vários catadores pelo sistema de cooperativismo. Os cooperados foram treinados pelo Centro de Referência em Cooperativismo e Associativismo (CRCA) e apoio da CARITAS Arquidiocesana. A constituição e legalização da Recoopera foi no ano 2000.
“As necessidades eram muitas, tanto financeira como administrativa. Tivemos vários parceiros nesta luta. Criamos o estatuto, organizamos os trabalhos, fomos a busca de doações de materiais em condomínios, bairros, escolas, empresas, igrejas e outros lugares. O trabalho foi crescendo chegando a 40 toneladas mês de materiais coletados e comercializados”, contou Janete Manali.
Com o crescimento da cooperativa, houve a necessidade de um espaço maior para armazenamento, triagem e comercialização. “Através de parceria, a MWV Rigesa assumiu o aluguel de um espaço amplo, ofereceu treinamento, instalou equipamentos de segurança no prédio, doou EPIs”, contou Janete.
“Com essa estrutura, a Recoopera caminhou na sua missão social, chegando a 40 cooperados ativos e mantendo as suas famílias até os dias que antecederam o incêndio, que destruiu todas as instalações”, concluiu Janete.
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