Os serviços de poda e remoção de árvores condenadas são dos mais requisitados na Prefeitura de Valinhos. A histórica falta de planejamento da arborização viária resulta em transtornos que são sentidos hoje por muitos moradores. Exemplo clássico refere-se ao plantio de espécies nativas e exóticas, como sibipiruna e flamboyant, que, por serem de grande porte, causam uma série de problemas. Raízes que destroem calçadas e provocam rachaduras nas casas e galhos que atingem a rede de energia elétrica são alguns deles.

Segundo o engenheiro na cidade de Valinhos, Raphael de Gasperi, da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, no início do ano havia 3 mil solicitações de munícipes referentes a podas, remoção e destocamento de troncos. “Somente em abril, demos 350 retornos a essas solicitações, a partir de vistoria técnica, informando sobre o deferimento ou indeferimento. No caso do deferimento, o pedido vai para cronograma de trabalho de acordo com a prioridade”, explica, destacando que a remoção é sempre a última opção e só é realizada em casos de árvores condenadas.

Gasperi acrescenta que em abril foram realizadas 700 podas e remoções. Nesse total estão inclusos os processos parados, a revitalização das praças da Boa Esperança; Jeronymo Alves Corrêa, em frente ao Paço Municipal; Largo São Sebastião; EMEB Tio Pedro e Vale Verde e CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) Vera Cruz e a ação bairro a bairro. Segundo Gasperi, o trabalho nos bairros já foi efetuado no Jardim Nova Palmares I e II, Ortizes, Jardim das Figueiras, Santa Rosa, Bom Retiro I e II, Nova Era e atualmente está em execução no São Cristóvão. Já na semana que vem as equipes irão para a Vila Santana e o Parque Santana.

O engenheiro florestal explica que a dinamização desse serviço está sendo possível com a formação de mais uma equipe de trabalho, como também a adoção de uma nova logística e a ampliação dos atendimentos aos finais de semana. “De segunda a quinta-feira, a ação é desenvolvida nos bairros, já entre sexta, sábado e domingo, os atendimentos se voltam para as urgências e vias públicas de grande movimento, como Avenida Dom Nery, dos Esportes e Onze de Agosto, para não atrapalhar o trânsito”, informa. Atualmente 15 servidores atuam nesse trabalho, divididos em duas equipes.

Dentro da proposta de reaproveitamento implementada pela Administração Municipal, galhos e folhas das árvores podadas ou removidas vão para trituração e são doados a chacareiros, que os transformam em adubo. Já troncos grandes irão para leilão no final do ano.

Planejamento – De acordo com o engenheiro florestal, no final do mês será iniciada a reposição das árvores removidas de vias públicas. O objetivo é até o final do ano serem plantadas 5 mil mudas de árvores, adequadas aos passeios públicos e praças, como ipê branco e amarelo, oiti e outras. “A proposta é diversificarmos os tipos de árvores nativas, visando à proteção das espécies, melhor composição paisagística, atração de diversos tipos de fauna e a prevenção de pragas”, explica Gasperi.

Outro trabalho importante, que há um ano estava paralisado, é o de destoca (ato de arrancar o toco com as raízes) de árvores que foram removidas. Segundo Gasperil, em 20 dias foram efetuadas 80 destocas, de uma média de 3 mil previstas por toda a cidade. Essa ação inclui ainda reconstrução do quadro da calçada, plantio de nova muda e conserto do passeio público.

Fonte: Portal Novidade